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Artigo Científico: O uso da carbamazepina e da Oxcarbazepina no tratamento da agressividade impulsiva associada ao Transtorno de Personalidade Borderline

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RESUMO

O Transtorno de Personalidade Borderline é caracterizado pela instabilidade emocional e intensa agressividade impulsiva; o indivíduo pode apresentar raiva inadequada, com descontrole agressivo autodirigido ou direcionado ao meio ambiente e a outras pessoas. Estudos demonstram que a agressividade impulsiva pode estar relacionada com alterações no córtex pré-frontal e giro do cíngulo anterior, com diminuição da massa cinzenta. Essas regiões cerebrais estão envolvidas nos processos do controle afetivo e da agressividade. Também podem ocorrer descargas elétricas de baixa intensidade (efeito kindling) em regiões do sistema límbico, principalmente na amígdala, o que pode explicar o aumento na agressividade impulsiva. Além disso, alguns estudos sugerem alterações nos sistemas noradrenérgico, dopaminérgico e gabaminérgico, que podem implicar no aumento da agressividade impulsiva. O uso de estabilizadores de humor (lítio e anticonvulsivantes) mostrou-se efetivo para o controle da agressividade e instabilidade emocional. Anticonvulsivantes como a carbamazepina, e atualmente a oxcarbazepina, são utilizados no controle da agressividade impulsiva devido ao fato de bloquearem os canais de sódio, que estão envolvidos no início do potencial de ação, que propaga as descargas do efeito kindling, e na liberação dos neurotransmissores envolvidos nesse processo, na fenda sináptica. A carbamazepina é um forte indutor enzimático, interferindo no metabolismo endógeno e de outros fármacos utilizados concomitantemente, além de causar diversas reações adversas. A oxcarbazepina é um ceto derivado da carbamazepina, porém com menos efeitos adversos, o que melhora a adesão do paciente ao tratamento. Estudos de duplo-cego controlados por placebo demonstraram a eficácia da carbamazepina e da oxcarbazepina no controle da agressividade quando comparadas com o placebo. Outro estudo demonstra a superioridade da carbamazepina com relação ao divalproato de sódio (anticonvulsivante usado como estabilizador de humor) no tratamento da impulsividade e da agressividade. Apesar disso, são necessários mais estudos controlados comprovando a eficácia da carbamazepina e da oxcarbazepina no controle da agressividade impulsiva, para que haja a alteração na indicação oficial desses dois fármacos.

Palavras-chave: Transtorno de Personalidade Borderline, agressividade impulsiva, carbamazepina, oxcarbazepina.

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Só peço que se for usar para qualquer fim, não esqueça de colocar os crédito, pois levei 1 ano e meio envolta em pesquisas para escrevê-lo.

TCC – Borderline

Qual a Diferença entre o Diclofenaco Potássico, Sódico e de Colestiramina?

Diclofenaco é um anti-inflamatório não esteroidal (AINE).

Diclofenaco

Figura: Molécula do Diclofenaco

Basicamente não há diferenças farmacocinéticas e farmacodinâmicas entre os diversos tipos de diclofenaco. O que muda é o íon (Sódio, Potássio, Colestiramina, Resinato, Dietilamônio).

No organismo, a parte ativa do fármaco que será absorvida será o diclofenaco. O íon determina apenas a velocidade na qual ele será absorvido e o local.

Por exemplo, o íon potássio é mais solúvel em água, fazendo com que ele seja absorvido mais rápido do que as outras apresentações. No estômago, o diclofenaco potássico perde o íon potássio, restando apenas o diclofenaco.

Então por que cada tipo de diclofenaco tem uma indicação diferente?

Principalmente devido à tecnologia farmacêutica (farmacotécnica) empregada no desenvolvimento do medicamento, que faz com que existam diversas indicações para cada tipo de diclofenaco.

a) forma de liberação imediata: é empregada principalmente como analgésico, pois o comprimido sofre desintegração e dissolução do fármaco no estômago, produzindo início de ação mais rápido e maior pico de concentração plasmática;
b) forma de liberação retardada ou prolongada: é empregada, principalmente, em processos inflamatórios e uso prolongado, pois, o comprimido libera o fármaco de forma mais lenta, produzindo ação prolongada e menor pico de concentração plasmática.

 

Fonte: Site do Conselho Federal de Farmácia (CFF)